Da vida que
levei não sinto saudade.
Da dor que
suportei nem preciso lembrar.
E, de vez em
quando vem aquela vontade,
De abraçar
meu futuro, minha casa, meu lar.
Foi num rio
distante onde esqueci,
As tristezas
e dores que antigamente vivi.
E fiz uma
oração para Deus arrastar,
Meu passado
de mim, minha dor de lembrar.
E agora
falando, até vira verso.
Vira rima,
vira poesia e vira o avesso,
E mesmo que
eu tente lá no fundo buscar,
Não dor, não
há mágoa, e saudade não há.
Saudade eu
tenho do almejado aconchego
Saudade de
tudo que ainda chegará
O que eu
tenho é saudade do futuro tão perto,
E de todos
os sonhos que ainda hei de alcançar.
Já não tenho
pressa, e se tenho disfarça.
O que tenho
é certeza do que quero viver.
E, se hoje
às vezes o coração se aperta,
É na
ansiedade de tanto querer.
Vânia Matos
Sem nenhuma nostalgia
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